Depois de epidemias e pandemias, é preciso estar sempre de olho nas bactérias resistentes e na transmissão de doenças. Elas podem vir de todos os lados, por isso nunca foi tão importante se cuidar.
O álcool 70 foi nosso grande aliado no combate à H1N1 e à Covid-19. Mas esses não são os únicos microrganismos poderosos. Algumas bactérias são superpoderosas e conseguem resistir até a tratamentos com antibióticos.
Então, vem com a gente descobrir que bactérias resistentes são essas, como elas agem e qual a melhor forma de combatê-las. Continue a leitura!

O que são as bactérias resistentes?
Bactérias resistentes também podem ser chamadas de superbactérias ou multirresistentes. São aquelas que passam por mutações após o uso incorreto de antibióticos. Mas esse processo de fortalecimento também pode acontecer de forma natural, à medida que elas evoluem.
Sabe quando o médico te receita um antibiótico e te diz pra tomar direitinho por determinado tempo ou até a cartela acabar? Pois é, ele está garantindo que o tratamento seja completo e acabe de vez com as bactérias.
Quando você para o tratamento no meio, esses microrganismos criam resistência e ficam cada vez mais fortes. Pelo menos essa é a forma mais comum de entrar em contato com as superbactérias.
Outra forma é o contágio em hospitais. Elas circulam, se fortalecem em um ambiente já propício e se tornam de fácil transmissão. Um descuido em uma visita ou com profissionais da saúde pode favorecer a contaminação.
Diferença entre vírus e bactérias
Para não confundir, é interessante diferenciar vírus e bactérias. Enquanto os vírus são unicelulares e precisam de um hospedeiro para se reproduzirem, as bactérias conseguem se partir e se reproduzir no ambiente.
E, na verdade, nem todas as bactérias são ruins. Existem algumas no nosso corpo que são ótimas para o funcionamento do intestino e da pele, por exemplo.
Já a Covid-19, com que lidamos por muito tempo, é uma doença causada por vírus. Nesses casos, o uso do álcool em gel conseguiu ajudar muito na prevenção durante a pandemia.
Mas será que ele é assim tão eficaz com as bactérias resistentes? É isso que vamos te contar agora.
Superbactérias sobrevivem ao álcool em gel?
Depende. O álcool em gel é extremamente eficaz para combater vírus, bactérias e fungos. A eficácia é muito alta e ele raramente falha.
Por outro lado, existem algumas bactérias resistentes que exigem um pouco mais de atenção. Salmonella (que provoca intoxicação alimentar), Escherichia coli (presente nas fezes) e Staphylococcus aureus resistente a antibióticos (MRSA) não são combatidos em sua totalidade com álcool em gel.
Então, o que fazer? Para ficar 100% protegido, é importante lavar bem os alimentos e as mãos após usar o banheiro com água e sabão. Daquele jeito que nós já ensinamos aqui.
Em hospitais, onde há maior presença de bactérias resistentes, o uso de espuma antisséptica pode ser bem útil. Além disso, os consultórios têm protocolos próprios para garantir essa segurança.

Por que as bactérias ficam resistentes?
A resposta é simples: questão de sobrevivência. Assim como qualquer ser, as bactérias passam por mutações e adaptações justamente para continuar vivas e se proliferando.
Exatamente por isso que os estudos científicos não param. Você cria uma forma de lidar com um vírus e bactéria e, tempos depois, descobre que existem cepas e outras variações que tornaram o microrganismo mais forte.
Eles se adaptam para driblar o jeito que encontramos para combatê-los.
Qual é o risco das bactérias resistentes?
Os riscos das superbactérias é um assunto que precisamos estar sempre atentos. Por um lado, os consumidores precisam se preocupar com a higiene e hábitos que não ajudem a criar esse tipo de microrganismo.
Por outro lado, os cientistas precisam estudar com frequência se há mutações. Junto com as empresas de produtos químicos e farmacêuticos, adaptar fórmulas e medicamentos para deixar a população sempre segura.
Como é a transmissão das bactérias?
Depende muito de qual bactéria e qual doença estamos falando. Existem bactérias que são transmitidas pelo ar, pelo consumo de alimentos infectados por superbactérias e até mesmo por meio de relação sexual desprotegida.
E essas doenças podem ser simples ou bem graves, que levam à morte, como é o caso da meningite. Alguns das formas mais comuns de transmissão de bactérias e as respectivas doenças são:
- Pelo ar: tuberculose, hanseníase e coqueluche;
- Contato sexual desprotegido: gonorréia e sífilis;
- Ingestão de água e alimentos contaminados: cólera, hepatite e botulismo.
Como se proteger?
Uma das melhores formas de se proteger contra as superbactérias é manter as vacinas em dia. Muitas doenças transmitidas por bactérias têm cura e podem ser feitas gratuitamente nos postos de saúde, desde a infância.
Outros cuidados como manter as mãos sempre higienizadas, lavar bem os alimentos antes de consumir e beber somente água potável também são essenciais. Da mesma forma, usar preservativo em todas as relações também pode evitar vários problemas.
E quando usar antibióticos, respeite os horários e tempo estabelecidos pelo médico. Bom, isso se a doença responder bem a esse tipo de tratamento.

Como tratar bactérias resistentes a antibióticos?
As doenças causadas pelas bactérias resistentes necessitam de tratamento especial. Isso porque, como explicamos aqui, elas adquiriram resistência a antibióticos, que são as melhores formas de tratar essas enfermidades.
Nesses casos, só com auxílio médico para saber o diagnóstico e tratamento adequado. Então, o tratamento vai precisar ser individualizado, considerando o estágio da contaminação e o quanto a bactéria está imune aos remédios.
E para manter sua casa sempre limpa e livre dos vírus, bactérias e fungos mais comuns, vale a pena caprichar na limpeza. Mas, antes, saiba quais os melhores produtos para os tipos de superfícies.
Nos vemos no próximo texto!